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sexta-feira, 25 de março de 2011

#Resenha Natascha Kampusch: 3096 dias de cativeiro

Se você procura uma obra literária, este não é seu livro. Mas se busca um relato de quem sofreu nas mãos de um criminoso e tenta superar a tragédia, está na leitura certa. Natascha Kampusch: 3096 dias é bastante interessante.É bem possível que você se lembre desta história: uma menina austríaca que foi raptada por vizinho. Ela ficou oito anos em poder do criminoso, engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil. 

O livro, autobiográfico, inicia com a autora narrando como era seu convívio com os pais, irmãos e como era bairro no qual morava. Páginas mais a frente, conta, com detalhes, como ocorreu o rapto. Na época, ela tinha dez anos, era gordinha e sofria com o divórcio dos pais. 

Natascha não esmiúça em detalhes o que aconteceu dentro do cativeiro. Alguns acontecimento, como ela mesmo escreve, prefere guardar para si mesma (principalmente sobre ter de dividir a cama com o bandido). A garota conta como era espancada e constantemente humilhada.
Wolfgang a obrigava a fazer o serviço de casa, trabalhar duro na construção civil, cozinhar. Muitas vezes seminua. O objetivo era deixá-la humilhada para não pensar em fugir. Também a deixava passar fome, a comida era racionada. Ela era torturada psicologicamente constantemente, seja com a falta de luz, ventilador barulhento, etc. Felizmente tudo acaba bem para a garota, que consegue fugir do cativeiro. Já Wolfgang comete suicídio. 

O livro às vezes parece um pouco forçado, geralmente quando ela tenta explicar porque alguns comportamentos do criminoso eram considerados tortura. Mas consegue passar muito bem porque desperdiçou tantas oportunidades de fuga. Vale a pena a leitura.

Natascha hoje
Depois de ler a narrativa, procurei um pouco sobre a vida dela na Internet. Descobri que nem todos seus conterrâneos acreditam em sua história. Alguns juízes escreveram livros para dizer que a vida dela era uma farsa e que sua mãe a havia vendido. Contudo, a versão oficial é a de Natascha. 

Parte desta rolo acontece porque a garota se recusa a ser vista como uma vítima ou portadora da síndrome de Estocolmo. Ela sabe que Wolfgang estava era um criminoso, mas admite que passou bons momentos ao lado dele. E isso conta na obra. 

Hoje, a casa que pertenceu ao engenheiro, foi legalmente repassada à garota na forma de indenização. Ela mora sozinha em um apartamento. Mantém contato com a mãe, porém não fala com o pai. O motivo seria que ele buscava demais a atenção da imprensa.

3 comentários:

Ei Karen!

Eu só vi elogios deste livro, mas ainda não animei a lê-lo.
Eu não conhecia esta versão de que o pessoal fala que a história era uma farsa. Achei bacana você ter colocada notas de como Natascha está hoje.
Bjins e bom fds

Também procurei sobre ela depois da leitura, né no mais o livro é bom!
^^

Aii, faltam poucas páginas para o fim. Mas já tenho certeza que vamos ter uma ótima discussão no clube amanhã.
=DD
Beijos

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