Abaixo, segue um texto que escrevi para um jornal de Tubarão sobre um médico que sobreviveu a Tsunami na Indonésio. Acrescentei alguns detalhes que não pude colocar antes por questão de espaço. O original foi publicado no dia 4 de novembro. As fotos foram cedidas por Fábio, e retratam os dias que estava na Indonésia, antes da tragédia.
Ele e outros 19 turistas estavam hospedados em um resort, no arquipélago mais afetado pelo terremoto e, posteriormente, pelo tsunami. Às 21h40min do dia 25 de outubro, quando sentiu o tremor, Fábio mal sabia o que o esperava. Primeiro, pensou que um amigo seu balançava a cabana, que já tinha uma fundação preparada para terremotos e, por isso, se movia. Em seguida, já ciente do se passara, fora da cabana, olhou para mar e pensou em um tsunami. Mas a maré estava baixa e sem recuo. Ele chegou a cogitar passar a noite embaixo de um coqueiro, mas pensou melhor. ”O cara escapa de um terremoto e morre com um coco na cabeça”, brinca.
Quando o barulho do mar fortaleceu, ele viu a onda gigante. “Imagine uma distância entre Laguna e Garopaba, e com dois metros de altura”, detalha. Então, correu para a torre da ilha. Vieram duas fortes ondas. Tudo levou 20 minutos. Das oito cabanas do resort, restou somente a fundação. Dos pertences, o médico recuperou uma filmadora encharcada e duas pranchas.
No dia seguinte, caminhou por dois quilômetros até uma comunidade, onde foi resgatado. No caminho atravessou 100 metros a nado, andou por alguns trechos com água até os joelhos.
Fábio já retornou ao trabalho, como clínico-geral em Imbituba e no Samu de Tubarão. Quando perguntado se voltaria a Indonésia, prontamente responde: “De jeito nenhum, aquilo é um barril de pólvora”.
Sobrevivência
Fábio conta que um turista australiano sobreviveu por sorte. Ele não conseguiu chegar à torre a tempo da passagem do tsunami, agarrou-se a um fragmento de prancha e “mergulhou” em uma piscina vazia. O turista foi arrastado por 150 metros. Não se machucou e subiu em um coqueiro quando se aproximou a segunda onda.
Ajuda Brasileira
A embaixada brasileira foi bastante prestativa. Fábio declarou que ela o auxiliou em tudo o que pode.
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