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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Apátrida: uma polonesa que sobrevive a guerra #Resenha

Antes de começar a ler Apátrida, separe uns lencinhos de papel (ou de pano que é mais ecológico). O livro da brasileira Ana Paula Bergamasco é tão triste, quanto envolvente. Eu mentiria se não dissesse que é um dos melhores que já li. 

 A história é centrada na polonesa Irena, que também é a narradora. A moça tem uma vida simples; é agricultora e divide o pouco que tem com seus irmãos. Mas, tudo se transforma com a 2ª Guerra Mundial. Irena descobre que a realidade não é simples. Nem tudo é preto ou branco, existe um contorno cinza, que transforma alguns bonzinhos em vilões, e vice-versa. O importante é manter a mente livre de pré-julgamentos. A mulher encontra a redenção e a dor em várias passagens.

 A viagem literária inicia na infância, quando ela conhece o homem que seria o amor de sua vida: o judeu Jacob.  Aí inicia o drama, o rapaz é prometido em casamento a uma outra mulher, que segue os mesmos princípios religiosos que ele.

 Mas Irena é forte, persegue a felicidade. Na adolescência, encontra um outro homem que a fará muito feliz. Entretanto, alegria não fica por muito tempo. O poder soviético chega, seguido pelo nazista. Logo, vem a guerra, a perseguição aos judeus, aos homossexuais, aos ciganos. E também o confisco de bens e divisão da Polonia.

 O esforço para ser feliz se transformar em se manter viva e permitir que seus filhos sobrevivam ao martírio. Ela sente a fome, a dor da perda, castigos físicos. A prosa é envolvente e bem escrita.
 Fiquei entusiasmada por Ana ter escolhido os poloneses como protagonistas de sua obra. Livros geralmente enfocam os italianos. É interessante ler sobre a migração polonesa para o Brasil. 

 O livro Apátrida faz parte do Booktour que participo, Selo Brasileiro.

3 comentários:

Quero muito ler, só li elogios sobre o livro.
Espero ler logo.
Beijo

Eba que bom que tu gostouu! =D isso ja me anima mais ainda para ler! hahaha

Beeeijoss

Olá, Karen, tudo bem?

Fiquei muito feliz com a sua resenha e com o carinho.

Espero que mais pessoas se emocionem com Apátrida.

Um abraço, Ana

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