Anúncio

domingo, 16 de janeiro de 2011

Tubaronense ajuda na reconstrução de Angola

O texto que você lê abaixo eu escrevi para o jornal onde trabalho. Espero que goste.

O oceanógrafo Ricardo Dalbosco tinha três opções: trabalhar em uma petrolífera, continuar a carreira na Polícia Militar ou ir para a África. O tubaronense optou pela terceira alternativa.

Em 2008, Ricardo embarcou para Angola. O objetivo era trabalhar em uma multinacional que ajudava na construção do país devastado pela Guerra Civil.

Hoje, ele auxilia no planejamento e criação de um plano diretor nas cidades. O trabalho não é fácil. Em um lugar onde se conviveu tanto tempo com a Guerra Civil, é comum encontrar tanques aos pedaços na rua, minas terrestres e morteiros. “Para ir a campo, só podemos ir onde outros funcionários já foram, ou com batedores que procuram minas”, revela. Calcula-se que haja quase uma mina para cada habitante. “Lá é para quem come abelha, não para quem come mel”, brinca ele.

A guerra terminou em 2002. De lá para cá, a população aumentou muito. Hoje, são cerca 16  milhões de pessoas. Um crescimento grande e o país precisa de estrutura.

Falta água potável e saneamento em alguns locais. Um caminhão-pipa abastece periodicamente a casa do oceanógrafo.

Os idosos são raros no país. A expectativa de vida é baixa, 42 anos. Depois que viu o primeiro idoso, Ricardo levou três meses para ver um outro. Doenças como malária, HIV e problemas respiratórios são comuns.

 A luta pela reconstrução
Muitos desconhecem que a Angola é rica em petróleo e diamantes. Essa riqueza auxilia no trabalho de reconstrução. Durante a guerra, parte da população morreu. Hoje, a vida selvagem retorna aos poucos à savana. Muitos bichos foram mortos e devorados pela população faminta na época da guerra.


Esperança
Em Angola, o crescimento aparece em alguns eventos. Hotéis, boates e bons restaurantes instalam-se. Há poucas clínicas bem equipadas em Angola.

Saúde
O preço do setor da saúde é alto. Muitas vezes, vale mais a pena pagar uma passagem para um outro país do que se internar emuma clínica local. As pessoas geralmente vão para a África do Sul, Namíbia, Brasil, Portugal.

Comércio
O custo de vida é alto em um país em que muitos se encontram na linha de pobreza. Poucas empresas trabalham na região, o que encarece os preços. Um prato feito chega a R$ 50,00. Uma peça de automóvel às vezes leva três meses para chegar.

1 comentários:

Que legal essa história!

Boa a reportagem Ka!

Beijos

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails