“ As mídias tradicionais são passivas, e as mídias atuais, participativa e interativas, elas coexistem e estão em rota de colisão. Bem-vindo à revolução do conhecimento. Bem-vindo à cultura da Convergência.” Henry Jenkins em a “Cultura da Convergência”
O que Matrix e um grupo de fãs de Survivor (no Brasil, o programa é conhecido como “No Limite”) têm em comum? Segundo Henry Jenkins, autor do livro Cultura da Convergência, muito. Os dois se utilizam de outras mídias para expor questões das séries. Os fãs de Survivor se reúnem em fóruns e comunidades para debater spoilers e acontecimentos do reality show. Enquanto os produtores do longa criaram conteúdo para várias plataformas midiáticas.
Matrix é de 1999, enquanto Survivor de 2000. Ou seja, há 10 anos já se pensava, ao menos no caso dos irmãos Wachowski, como seria o futuro. Os produtores de Matrix criaram um universo que reuniu várias mídias. Vídeo-games, animações (animês), quadrinhos e a sequência dos três filmes compuserem uma única história. Personagens, como Kid, foram apresentados nas animações e emergiram nas telas do cinema. Muitos espectadores, que não fizeram uma escala pelas outras produções, não compreenderam alguns fatos ou passaram por eles despercebidos. Talvez, na época, não ocorreu o envolvimento que teríamos atualmente.
Hoje, as mídias se convergem, ou seja, se encontram para criar uma única história. Várias plataformas coexistem para trazer a informação. Um filme pode trazer dicas para um game, como a abertura de novas fases.
A televisão, principalmente, tem unido seu conteúdo a outros meios que auxiliam na divulgação. Os próprios fãs também contribuem com este movimento, ao produzir filmes e outros materiais e disponibilizá-los via Internet.
Não adianta pensar exclusivamente em uma única mídia ao se criar um produto cultural. Mesmo que uma emissora ou escritor queira restringir o acesso a um único meio, não pode descartar uma comunidade de fãs ávidos por novidades. Estes, certamente irão criar sites, músicas, e muito material sobre o que gostam.
Exemplos de Convergência Midiática
Hoje, temos muitos exemplos da convergência das mídias. Uma das minhas séries preferidas, True Blood, teve seis mini-episódios divulgados via Internet. Estes narram acontecimentos que não foram exibidos na TV, mas estão intimamente ligados à segunda temporada.
Lost é um outro exemplo. Logo no princípio, diversos fóruns, comunidades e redes sociais debateram intensamente os acontecimentos da série. Os produtores logo produziram material para Internet, como sites da Oceanic Air e vídeos da Iniciativa Dharma. Este post interessante da Ana Paula Palu trata um pouco mais a fundo sobre a influência da Internet (usuários) em Lost.
Outra série que assisto, Supernatural, fez uma piada com os fãs. Em um episódio, (spoiler) os irmãos Dean e Sam conhecem um profeta, que escreve sobre a vida dos dois em uma coleção de livros, que carrega o mesmo nome da série. Os rapazes descobrem várias comunidades na Internet, onde fãs escrevem fanzines, alguns com até um possível envolvimento entre os meninos.
A questão do futuro das mídias é bastante abordada por Henry Jenkins no livro a “Cultura da Convergência”, que li antes de escrever este post. Recomendo.
O que Matrix e um grupo de fãs de Survivor (no Brasil, o programa é conhecido como “No Limite”) têm em comum? Segundo Henry Jenkins, autor do livro Cultura da Convergência, muito. Os dois se utilizam de outras mídias para expor questões das séries. Os fãs de Survivor se reúnem em fóruns e comunidades para debater spoilers e acontecimentos do reality show. Enquanto os produtores do longa criaram conteúdo para várias plataformas midiáticas.

Hoje, as mídias se convergem, ou seja, se encontram para criar uma única história. Várias plataformas coexistem para trazer a informação. Um filme pode trazer dicas para um game, como a abertura de novas fases.
A televisão, principalmente, tem unido seu conteúdo a outros meios que auxiliam na divulgação. Os próprios fãs também contribuem com este movimento, ao produzir filmes e outros materiais e disponibilizá-los via Internet.
Não adianta pensar exclusivamente em uma única mídia ao se criar um produto cultural. Mesmo que uma emissora ou escritor queira restringir o acesso a um único meio, não pode descartar uma comunidade de fãs ávidos por novidades. Estes, certamente irão criar sites, músicas, e muito material sobre o que gostam.
Exemplos de Convergência Midiática
Hoje, temos muitos exemplos da convergência das mídias. Uma das minhas séries preferidas, True Blood, teve seis mini-episódios divulgados via Internet. Estes narram acontecimentos que não foram exibidos na TV, mas estão intimamente ligados à segunda temporada.

Outra série que assisto, Supernatural, fez uma piada com os fãs. Em um episódio, (spoiler) os irmãos Dean e Sam conhecem um profeta, que escreve sobre a vida dos dois em uma coleção de livros, que carrega o mesmo nome da série. Os rapazes descobrem várias comunidades na Internet, onde fãs escrevem fanzines, alguns com até um possível envolvimento entre os meninos.
A questão do futuro das mídias é bastante abordada por Henry Jenkins no livro a “Cultura da Convergência”, que li antes de escrever este post. Recomendo.