Biblioteca da Karen

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

True Blood, Matrix e a Convergência das Mídias

“ As mídias tradicionais são  passivas, e as mídias atuais, participativa e interativas, elas coexistem e estão em rota de colisão. Bem-vindo à revolução do conhecimento. Bem-vindo à cultura da Convergência.”  Henry Jenkins em  a “Cultura da Convergência”

O que Matrix e um grupo de fãs de Survivor (no Brasil, o programa é conhecido como “No Limite”) têm em comum?  Segundo Henry Jenkins, autor do livro Cultura da Convergência, muito. Os dois se utilizam de outras mídias para expor questões das séries.  Os fãs de Survivor se reúnem em fóruns e comunidades para debater spoilers e acontecimentos do reality show.  Enquanto os produtores do longa criaram conteúdo para várias plataformas midiáticas.

Matrix é de 1999, enquanto Survivor de 2000. Ou seja, há 10 anos já se pensava, ao menos no caso dos irmãos Wachowski, como seria o futuro. Os produtores de Matrix criaram um universo que reuniu várias mídias.  Vídeo-games, animações (animês), quadrinhos e a sequência dos três filmes compuserem uma única história. Personagens, como Kid, foram apresentados nas animações e emergiram nas telas do cinema. Muitos espectadores, que não fizeram uma escala pelas outras produções, não compreenderam alguns fatos ou passaram por eles despercebidos. Talvez, na época, não ocorreu o envolvimento que teríamos atualmente.

Hoje, as mídias se convergem, ou seja, se encontram para criar uma única história. Várias plataformas coexistem para trazer a informação. Um filme pode trazer dicas para um game, como a abertura de novas fases.

 A televisão, principalmente, tem unido seu conteúdo a outros meios que auxiliam na divulgação. Os próprios fãs também contribuem com este movimento, ao produzir filmes e outros materiais e disponibilizá-los via Internet.

Não adianta pensar exclusivamente em uma única mídia ao se criar um produto cultural. Mesmo que uma emissora ou escritor queira restringir o acesso a um único meio, não pode descartar uma comunidade de fãs ávidos por novidades. Estes, certamente irão criar sites, músicas, e muito material sobre o que gostam.

Exemplos de Convergência Midiática

Hoje, temos muitos exemplos da convergência das mídias. Uma das minhas séries preferidas, True Blood, teve seis mini-episódios divulgados via Internet. Estes narram acontecimentos que não foram exibidos na TV, mas estão intimamente ligados à segunda temporada.



Lost é um outro exemplo. Logo no princípio, diversos fóruns, comunidades e redes sociais debateram intensamente os acontecimentos da série. Os produtores logo produziram material para Internet, como sites da Oceanic Air e vídeos da Iniciativa Dharma. Este post interessante da Ana Paula Palu trata um pouco mais a fundo sobre a influência da Internet (usuários) em Lost.

Outra série que assisto, Supernatural, fez  uma piada com os fãs. Em um episódio, (spoiler) os irmãos Dean e Sam conhecem um profeta, que escreve sobre a vida dos dois em uma coleção de livros, que carrega o mesmo nome da série. Os rapazes descobrem várias comunidades na Internet, onde fãs escrevem fanzines, alguns com até um possível envolvimento entre os meninos.

A questão do futuro das mídias é bastante abordada por Henry Jenkins no livro a “Cultura da Convergência”, que li antes de escrever este post. Recomendo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Programa de namorados com direito a Sylvester Stallone e MMA

Um programa de namorados qualquer requer um filminho no cinema, ver um pouco de televisão juntinhos numa tarde de domingo, ou ainda, um passeio de mãos dadas. Mas não o meu. Namorado e eu passamos o último fim de semana assistindo ao MMA e ao longa “Os Mercenários”. Eu tenho de admitir: Adoro.

Para quem não sabe Mixed Martial Arts (MMA), que pode ser traduzido como lutas marciais mistas, é a denominação para o antigo Vale Tudo (ou segundo o Namorado, o Vale Tudo Moderno).  Lutadores, sem equipamento de proteção, exceto pelas coquilhas, protetor bucal e luvas, se confrontam utilizando técnicas de artes marciais. Vence quem conseguir um nocaute, uma submissão, ou, ainda, impressionar os juízes.

Os participantes dominam mais de uma arte marcial, geralmente uma de chão, como Jiu-Jitso Brasileiro, e outra de impacto, como Muay Thai. O Brasil é celeiro para estes lutadores. Somos a terra de Lyoto Machida (meu preferido), Anderson Silva e Shogun Rua. Todos têm ou tiveram o cinturão.



 MMA e violência
A abertura do campeonato Ultimate Fighting Championship (UFC), realizado nos EUA, lembra os gladiadores da antiga Roma. Homens corajosos que se enfrentavam no Coliseu. Hoje, temos muito mais regras e segurança. É evidente que um lutador pode quebrar a costela, fraturar o maxilar e sofrer outros danos. Mas o MMA tem se aproximado do esporte e adotado algumas regras.

Muitos consideram um esporte muito violento. Mas na minha opinião são duas pessoas que se preparam arduamente, com treinos puxados, e cientes de que é um confronto corporal que pode causar sérios riscos. Acho muito mais chocante uma briga de rua ou entre torcidas rivais.

Gosto de observar o domínio corporal e as técnicas dos lutadores. Muitos mesmo sob pressão, viram a luta e vencem, como ocorreu com Anderson Silva vrs Sonnen. Este conseguiu levar a melhor em quatro rounds. Silva manteve a calma, e no último instante, conseguiu uma finalização que o levou a vitória.

E o Namorado nessa história?
O Namorado começou a assistir quando me tornei fã de Machida, que é um karateca em uma terra dominada por Muay Thai e Jiu-Jitso.  Portanto, eu que levei o MMA para a nossa relação.

Mas o que tem os Mercenários haver com MMA?
O filme  "Os Mercenários", criado por Sylvester Stallone, retrata a história de profissionais contratados para resolver sequestros de navios por piratas, cometer assassinatos encomendados, dentre outras situações. A película reúne um elenco de astros de ação, como Jet Li, Jason Statham, Dolph Lundgren, e atores famosos como Eric Roberts e a brasileira Giselle Itié.

O longa também conta com a participação de lutadores de MMA, como Randy Couture. Este irá participar do UFC 118: Edgar vs. Penn 2.

A história não é muito convincente, mas a ação é desmedida no filme, que conta com artes marciais, armas de fogo, incêndios e bazucas. Se você gosta deste estilo, "Os Mercenários" é perfeito.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aprendendo a usar mídias sociais com André Telles

As Mídias Sociais fazem partem da nova ordem que se estabelece na Internet. Acompanhar o desenvolvimento delas é importante para os profissionais de comunicação e marketing. O livro Revolução das Mídias Sociais, escrito por André Telles (@andretelles), trata de forma técnica como usufruir um pouco deste universo.

O livro de 199 páginas traz cases, conceitos, dicas e ferramentas para melhor aproveitar as novas mídias. Youtube, twitter, Facebook, dentre outros, são alguns dos assuntos abordados. Ainda fala-se de buzzmarketing, Social Media Optimazition e Marketing político na web.

As dicas de Telles são bastante úteis. E mesmo quem conhece bastante do assunto, pode descobrir algo novo, como uma ferramenta interessante para utilizar no Twitter. Considero uma obra prática e com ótimas estratégias para se unificar as diferentes mídias em uma campanha.

Recomendo esta publicação para entusiastas das mídias sociais, iniciantes na área e para quem se interessa pelo assunto. Contudo, se procura pesquisas aprofundadas sobre comportamento, o livro não é para você.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Não existe sorte, e sim treino



Ana Carolina é menina vaidosa, inteligente e bonita que se despede de toda feminilidade quando entra no tatame. Ela, assim como eu, é karateca e integrante da equipe Associação Impacto de Karatê-do, que atualmente defende a cidade de Tubarão. Há dois fins de semana, Ana conquistou uma vaga na Sulamericano de Karatê Goju Ryu, durante o Campeonato Brasileiro de Goju no Paraná. Toda equipe se saiu muito bem na competição, o que nos garantiu o troféu de quarto lugar na geral. Mas, só a garota levou quatro medalhas.

Muitos podem visualizar a vitória apenas como sorte, entretanto é um conjunto de fatores, como concentração, controle emocional e treinamento que garante bons resultados. Algumas pessoas acreditam em dom, uma palavra oriunda da Idade Média, quando tudo era justificado pelo poder divino, e a habilidade  provinha de nascença, e não do estudo.  Na verdade, como diz meu sensei, não existe sorte, mas treino.

Depois de vermos tanta exposição de festas, baladas e muitos namoros envolvendo a figura de alguns jogadores de futebol, acabamos imaginando uma vida fácil. Mas a rotina de atleta é repleta de privações, sacrifícios e dores musculares. E tudo em nome do amor ao esporte. E muitos têm de se dividir entre o trabalho e os treinos. Dos atletas que tive sorte de conhecer, todos praticavam bastante para se aperfeiçoar.

Para muitos não é fácil; deixar a família, namorado e amigos, para se dedicar a horas de treino. Não vou negar que muitas pessoas foram abençoadas com a genética e a facilidade para executar os exercícios. Contudo, horas de treinamento e condicionamento podem fazer o diferencial.

Ana, como muitos membros da equipe, fez alguns sacrifícios e se destacou com muito mérito. Um exemplo de que a disciplina pode levar a alçar voos altos.

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